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O artigo abaixo é um resumo de todo conteúdo apresentado por Marco Antônio Ferraz em uma live exclusiva do Líder em Mim. Para ter acesso à gravação, basta clicar aqui.
O desenvolvimento da autoestima é um tema fundamental para refletirmos a respeito. Esse fator está diretamente relacionado a performance pessoal, acadêmica e profissional de nossos alunos. E não podemos excluir um crescimento tão importante da sala de aula.
Durante este texto, vamos explicar a definição de autoestima, os motivos para desenvolvê-la em nossos alunos e como influenciar na construção. Vamos lá?
Antes de qualquer coisa, nós precisamos entender o que é a autoestima e qual sua essência.
Pegamos como base a definição criada por Nathaniel Branden, Doutor em psicologia e autor de diversos livros que englobam o universo da autoestima, incluindo o clássico “The psychology of self-esteem”.
Branden define a autoestima como:
“É confiar nas próprias ideias. É saber ser merecedor da sua felicidade”.
Autoestima é a imagem e a opinião, positiva ou negativa, que cada um tem e faz de si mesmo. Ela é construída a partir das experiências pessoais, das emoções, crenças, comportamentos, autoimagem e da imagem que os outros têm sobre nós. É um valor que você atribui a si próprio como forma de avaliação física e mental, além da questão de aceitação, que reflete nas nossas atitudes diárias e equilíbrio emocional.
Ter autoestima difere de ser “empoderado” ou ser alguém alegre e “para cima”. É ter autoconfiança e estar aberto a aprender e receber críticas. É ter auto respeito, que também é diferente de ser narcisista e arrogante.
E a baixa estima está relacionada à auto sabotagem, em não saber reconhecer suas habilidades e as aplicações das mesmas.
O desenvolvimento da autoestima não é a solução de todos os problemas, mas é um fator muito importante e uma condição necessária. Ela é responsável pela independência, a segurança e o saber lidar com as mudanças e dificuldades impostas pela vida.
Assim como dissemos anteriormente, elevar a autoestima é preparar a criança para a sociedade e suas intempéries.
A baixa estima corrói a independência, a autonomia, a segurança e a capacidade de tomar decisões. E o desenvolvimento da autoestima desde a infância é um fator essencial para o sucesso. E a escola também está relacionada a este crescimento.
E aqui chegamos ao fator decisivo deste artigo, a influência da escola na construção da autoestima dos alunos.
A personalidade do aluno é desenvolvida a partir de fatores internos e externos. E os fatores externos estão relacionados à família, modelos e os meios de comunicação.
A escola faz parte da maior porcentagem do desenvolvimento do ser humano. Lá, além do conteúdo acadêmico, aprendemos a importância da convivência humana e desenvolvemos valores sociais e individuais.
Obviamente os fatores internos influenciam no crescimento, como a automotivação, a energia e a vontade, mas os elementos externos são de suma importância.
A escola tem a obrigação profissional de ser guia para o desenvolvimento da autoestima. É um dever do ofício, porque na sua função primordial, o professor é um modelo.
O aluno observa como o educador trata o outro, como ele se posiciona e como ele age de acordo com as emoções. E neste modelo, está implícita a sua contribuição para a influência da autoestima do aluno.
Vamos dividir em alguns aspectos para facilitar a didática desta explicação. Começando com um fator muito importante, o erro.
Muitas vezes esquecemos que o erro é inerente ao aprendizado. Ninguém aprende acertando. Alguns rapidamente corrigem, outros demoram um pouco mais.
Quando alguém acerta, não temos certeza de que aquele aprendizado foi válido. Quando a criança acerta, pode ser que ela saiba ou não, mas quando ela erra temos o diagnóstico explícito do aprendizado.
O erro ajuda a trabalhar o aprendizado do aluno. E o erro deve ser valorizado. Não queremos dizer no sentido da vangloriação do erro, mas dar ao erro o valor intrínseco de sua ajuda no processo de aprendizagem.
Outro fator que influencia a autoestima dos alunos são as comparações.
O modelo tradicional acadêmico tem uma cultura avaliativa comparativa. As notas são a garantia de que um sabe mais que o outro. E o dever do educador é desvincular esses dois aspectos e evitar comparações entre alunos ou entre alunos e modelo.
A projeção de expectativas e a comparação são altamente tóxicas à autoestima. Deve-se comparar o aluno apenas a ele mesmo. Deve-se entender a evolução da criança e trazê-la como um ponto positivo no processo educacional.
Um exemplo: “Você, aluno, teve um excelente desempenho na realização desta atividade. Olha só os resultados comparados ao seu último. Parabéns!”
Todo ser humano é único e tem seu talento. E eles precisam colocar os talentos na construção da sua essencial e mostrá-los ao mundo.
Não existem “casos perdidos” ou alunos ruins. Este é um problema que está em seus olhos, não nas crianças. Os alunos são ímpares e têm suas individualidades e cabe a você reconhecer as diferenças e ajudar no florescimento dos talentos.
E um papel muito interessante do professor neste processo do “florescer” é guiar e discutir ambições, desejos, mostrando ao aluno a importância dos caminhos.
Reconheça os sucessos, os talentos e as dificuldades. E saiba parabenizar o momento certo.
Outra questão muito importante e que impacta a autoestima dos alunos é o bullying.
O Bullying deve ser execrado na escola. Cada aluno é especial e nenhum outro tem o direito de diminuir esta importância.
Tomando como exemplo uma situação em sala de aula: Quando um aluno pergunta e a turma ri. Essa atitude deve ser abominada. O papel do professor nesta situação é interromper a aula e entender o porquê daquele riso. Cada dúvida é válida e os outros alunos devem ter isto em mente.
Fique atento às injustiças e saiba puni-las. Reconhecendo a dignidade de cada estudante.
Para finalizar as dicas de desenvolvimento da autoestima, queremos trazer um último ponto muito importante. Dê atenção!
Dê seu tempo ao aluno. Talvez este seja o bem mais valioso que possa oferecer. E ele pode ser o único bem importante para aquela criança.
Esteja presente e faça com que a turma saiba desta presença! Só assim seus alunos entenderão a importância de todo processo educacional.
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